Moonrise Kingdom (versus Grande Hotel Budapeste)

Moonrise Kingdom
(sem tradução brasileira pois Deus é mais)

O filme foi lançado em 2012, com direção e um pedaço do roteiro por Wes Anderson. Conta com atores conhecidos como Bill Murray e Tilda Swinton (de Grande Hotel Budapeste), Bruce Willis (que eu nunca nunquinha vou desassociar de Duro de Matar), Edward Norton (de Clube da Luta), e uma gurizada sem fim que é claro que eu não vou saber o nome.

Depois de assistir Grande Hotel Budapeste, eu fiquei louca com a estética do Wes Anderson. Louca, tipo, sequelada. Achei lindo ver tudo simétrico, milimetricamente colocado no cenário para a gente ficar fazendo jogo dos sete erros enquanto assiste. Até então, eu não conhecia o cara, e não sabia nem o que esperar do filme, então foi uma surpresa e tanto.

Resolvi assistir Moonrise Kingdom por ser do mesmo diretor, por ser relativamente recente, e por e ter lido muitos comentários positivos pela internet. E eu tenho que admitir, embora várias vezes eu tenha ficado zzzz com ângulos iguais, montagens iguais, e algumas coisinhas bestas repetitivas, eu tenho que admitir que gosto muito da proposta do diretor de fazer um filme tipo "alguém está me contando uma história, e eu estou imaginando do meu jeito, mesmo que as vezes as coisas pareçam pouco prováveis na vida real".

A história é sobre Sam e Suzy: o garoto é um escoteiro órfão; a garota vive com seus pais e irmãos, mas mesmo assim, se sente deslocada no mundo (tanto quanto Sam). Eles trocam cartas, começam a se gostar, e chegam ao ponto de combinar uma fuga por alguns dias, só para esquecer o mundo e se aventurar por trilhas desertas. Então é exatamente isso que fazem, no meio do matagal da pequena ilha de New Penzence, onde ambos habitam. É uma história bem fofinha sobre o primeiro amor, o desejo por aventuras e se encontrar. Tem algum drama (bem sério, por sinal), mas é apresentado de um jeito super levinho.

O melhor é se pegar no meio do filme pensando "nossa, nem sei o que eu levaria como kit de sobrevivência no meio do mato" e a Suzy mostra que o negócio é levar várias opções de livros e comida enlatada pro gato.

Eu não tinha me tocado antes, mas imagino que Wes Anderson seja o rei dos personagens socially awkwards. Tem um lado muito bonitinho, de às vezes eu me sentir até parte daquele universo (visto que eu sou quase a personificação de socially awkward), mas também dá vontade de casualmente esganar os personagens de vez em quando, de tão bocolóides que eles conseguem ser. Mas tudo bem, eles levam um desconto por serem crianças (ou pré-adolescentes???)

Pelo menos 50 pontos foram ganhos com a paleta do filme. Não se compara ao rosa e azul de Grande Hotel Budapeste (eu vou parar de falar desse filme um dia, vou mesmo!), mas a constância da fotografia coloridinha desse jeito sempre me ganha. O amarelo às vezes me dá nervoso (que nem certas Priscillas que não gostaram de certos seriados em Miami por causa dos certos tons de laranja), mas sempre tem alguma coisa na composição que deixa a imagem mais dinâmica e legal.

Moonrise Kingdom ganhou mais 150 pontos comigo pela introdução do filme, cheia de fatos aparentemente desnecessários, falados por um personagem que também parece ser desnecessário, mas que no fim do filme conectam tudo.

Não ultrapasse esse galho - alerta spoilers!


A cena da troca de cartas deles é um amor. Eu adoro como, mesmo sem ditar as cartas completas, é entendível que eles trocam longas mensagens sobre todo tipo de assunto, dos mais bobos aos mais sérios, e aos poucos vão se abrindo quanto aos seus sentimentos. Passa bastante tempo, mas no filme tudo acontece voando! E, aff, como eu adoro quando mostram closes nas cartas, na caligrafia, na cor da caneta usada, essas coisinhas. Além disso, gosto principalmente da sintonia deles conforme chegam nas últimas cartas, planejando a fuga.

"Cara Suzy, quando?"

"Caro Sam, onde?" 

AFFF. Fofos. Aff.

Outra coisa que sempre ganha muitos pontos na minha escala de amor: sutileza. Piadas sutis, detalhes sutis, essas coisas. O motivo de eu não assistir comédia lançadas nos últimos dez anos é porque, em algum momento no meio do caminho, a graça virou ser óbvio - a ponto de precisar esfregar a piada na tela quarenta e duas MIL vezes, e ainda ser piada de nojeira ou de coisas desnecessárias demais. Eu passo, obrigada. Voltando a Moonrise Kingdom... várias vezes são lançadas duas ou três falas com o intuito de explicar para o espectador alguns detalhes importantes na trama, para que a coisa fique bem desenvolvida. Não precisou esfregar na tela. Não precisou de cenas exageradas e dramáticas. Só algumas falinhas jogadas ao vento como se fossem cotidianas naquele universo. Tipo quando mostram a relação conturbada dos pais da Suzy, o caso da mãe e o policial, etc etc.

O filme só perde uns pontinhos comigo porque os efeitos especiais são especialmente cachorros - mas não foi problema pra mim, porque não era a proposta do filme mesmo, então só tornou o negócio mais engraçado.

Quanto ao final... É altamente aksjdalkjsd. Sem palavras melhores do que isso. É tão surreal que chega a ser engraçado.

Enfim: Que. Filme. FOFO.

Aff.


Olha essa simetria! Não, sério. Essas cores!!!!!!! Não é possível que só eu esteja sequelada com isso.

Nota: 4 estrelas
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Um comentário:

  1. Paleta de cores certas consegue ser tudo em um filme <3 hahaha
    E no dia que assitir um seriado que aconteça em Miami que não tenha tons alaranjados eu compro um unicórnio! Até os protagonistas tem cabelo laranja cara? Qual o problema desse povo?
    Ex: Horatio Caine e Dexter Morgan.

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