Big Eyes

Big Eyes
Grandes Olhos

Ano: 2014
Direção e produção: Tim Burton
Elenco: Amy Adams (Encantada) e Christopher Waltz (Bastardos Inglórios) como protagonistas, além de participações especiais de Krysten Ritter (Don't Trust The B*tch in Apartment 23) e uma outra galerosa.
Eu não sei dizer exatamente porque eu queria tanto assistir esse filme. Acima de tudo, é porque conta a biografia de uma pintora desconhecida, com um estilo muito próprio, e em geral, sua história é interessante. Também tem o fato de que foi dirigido e produzido por Tim Burton - fiquei curiosa para saber onde ele deixaria sua "assinatura", considerando que é um tipo de filme bem diferente do que ele geralmente se propõe a fazer.

Dos mistérios do cinema: como a mulher consegue ficar num ambiente fechado desses, inspirando tudo de tóxico da pintura a óleo sem dar um piripaque instantâneo.

Big Eyes é baseado na história verídica da artista Margaret Ulbrich (Amy Adams). Ela começa o filme se divorciando do primeiro marido, levando consigo sua filha e o básico para sobreviverem longe dali. A vida de uma mãe solteira no tempo em que a história acontece (plenos anos 60) era bem difícil, então várias vezes vemos Margaret tentando qualquer trabalho que a ajude a sobreviver.

Ela tenta várias coisas, até vender suas pinturas e desenhos em feirinhas de parques, por alguns trocados. Numa dessas, ela conhece Walter Keane (C. Waltz), também vendendo suas pinturas e sua imagem de bon vivant, de um artista moderno, que já viveu em Paris, todo se achão. Não sei se é porque eu já sabia do que se tratava do filme, ou se foi porque já o vi em Bastardos Inglórios fazendo um personagem bem perturbado, mas no segundo que ele aparece em cena, já deu para entender que ele tinha probleminhas.


Pois bem. A história se desenrola com o romance dos dois, e Margaret Ulbrich se torna Margaret Keane. Suas pinturas das crianças dos "grandes olhos" passam a ser assinadas apenas por "Keane" - pois pinturas por mulheres naquele tempo não tinham lá muita credibilidade. E numa das oportunidades que eles têm de expor juntos, Walter nota que as pinturas de sua mulher fazem muito mais sucesso que as dele próprio. Felizmente, o sobrenome Keane é dele próprio. Por que não dizer que as pinturas são suas?

E, basicamente, a história se desenrola ao redor dessa falsa identidade do real pintor das crianças dos olhões. Em determinado momento, Walter, que é um ótimo vendedor, começa a chantagear Margaret a produzir mais e mais se quiser ter dinheiro na conta sempre, e poder prover a sua filha uma vida boa.



O filme em geral não é lá uma ooobra priiima, mas é interessante de assistir sim. Eu gostei muito do ritmo, especialmente porque vemos devagar como Margaret vai afundando cada vez que precisa repetir a mentira para mantê-la. É muito difícil para ela ter que ver uma parte de si, uma produção tão pessoal receber tantos elogios, e não poder confessar que é tudo seu ): E eu, que ainda estava com alguma dificuldade de ver Amy Adams como outra pessoa que não a Princesa Giselle, de Encantada, consegui esquecer isso bem fácil. Fiquei levemente incomodada com o cabelinho diferente do seu ruivo original, mas é só pet peeve mesmo.

Eu nem me lembrava da música da Lana del Rey também! Quando tocou, foi su pre mo e eu nem gosto tanto assim de Lana. Mas combinou muito com o clima do filme, o momento, tudinho.

A única coisa que eu não gostei, porém, acaba sendo um meio-spoiler do final do filme, portanto, se não tiver interesse em ler, é só pular para o próximo parágrafo: uma das últimas cenas conta com um julgamento, e eu achei tudo bem tosquinho. Teve gracinhas demais para um tribunal, e às vezes eu me pegava agoniada pensando "Larga de ser idiota e age direito!!! Tem um juiz benhaí, como é que se faz um negócio desses?!" porque ficou pouca manipulação (que foi o foco de todo o resto do filme) e muita gracinha.

Minha nota é de 3 estrelas. É um filme levinho, bonzinho, mas não foi essa Coca-Cola toda. Eu assistiria fácil pela segunda vez, mas não porque me impressionou, ou porque me prendeu, nem nada do tipo. É só porque ele realmente é facinho de assistir mesmo.

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